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9 de jul. de 2008

Elogio Fúnebre e notícias da Colina



Pois é, ardorosos fãs do futebol carioca. As semanas seguem agitadas no mais bonito estádio particular do Brasil. Após sua acachapante derrota nas urnas, o ex-deputado (segundo Renato Maurício Prado) e ex-dirigente (que só não deixa de ser ex-milionário), sai momentaneamente de cena, mas ressurge prometendo vingança, tal como um personagem de western spaghetti.

Sua missão agora é participar ativamente da oposição ao novo presidente, nosso ídolo-mor e grande deputado estadual, Roberto Dinamite, na posição de grande benemérito (?) que é. Só podemos dizer uma coisa: Abre o olho, presidente!

Mas, como é de praxe em casos de morte ( e as políticas também contam), vamos ao elogio do de cujus:

Derrota nas urnas, finalmente a democracia retorna à colina: Eurico Miranda foi defenestrado do cargo de Presidente do Vasco, fato considerado impossível para muitos, que achavam que ele morreria lá mesmo, e a putrefação ocorreria na cadeira da presidência, ao lado de seus inseparáveis charutos cubanos (comprados com o fruto de mais de 40 anos de desvios do clube).
Mas a verdade é que, de forma inédita, um dos maiores ídolos do clube (mas o mais presente na memória coletiva dos torcedores) ao lado de nomes como Barbosa, Danilo (o príncipe), Ademir Menezes, (o Queixada), Jair da Rosa Pinto, Ipojucan e Romário - Roberto Dinamite, o grande, o maior artilheiro da história vascaína, torna-se presidente do glorioso (melhor usar outra palavra, que esta remete a outro clube de menor expressão), do vitorioso Clube de Regatas VASCO DA GAMA, pelo período de 3 anos (ao fim do qual veremos se mais 3 serão suficientes).

A verdade é que, a vitória de Dinamite e sua chapa (todos vascaínos convictos e atuantes) abre espaço para o retorno de nosso clube aos tempos de glória de outrora, época em que comemorar títulos era uma tranqüila alegria que nos vinha de breves períodos de tempo, e no qual ao início de cada campeonato, éramos tidos como candidatos sérios e reais ao título. Hoje não, o Vasco sempre é relacionado como possível rebaixado (meu Deus, será que isso é compatível com a nossa história?) ou como coadjuvante, aquele time que se chegar à sulamericana já estará bom.

Isto não é VASCO, e nunca será. Os mais ferrenhos defensores de Eurico (e eles existem) dirão: "mas conquistamos muitos títulos com ele! Ele foi importante para o time!"
Sim, não podemos negar isso: Eurico tem o seu lugar na história cruzmaltina, mas no passado. Como alguém que já nos fez muito, prestou muitos serviços ao clube, mas que se perdeu na busca por poder, dinheiro e nas brigas com mais de meio mundo do futebol. Eurico, hoje, é uma chaga para o clube, desvalorizando-o com sua imagem (razão de termos ficado mais de 4 anos sem patrocínio), segregando-o do resto dos clubes e, o pior, por utilizá-lo como um objeto para seus fins políticos e pessoais. Ele não pode se pôr acima dos interesses e da imagem do clube, jamais! E, será assim lembrado: pelos títulos que ajudou a conseguir (ironicamente quando era o vice-presidente) e pela espoliação da instituição que é o VASCO.

Por fim, devemos fazer o registro do primeiro título conquistado na gestão de Roberto Dinamite, que vem daquele que tem sido o esporte mais debatido em nosso programa: o futebol de mesa, modalidade 12 toques. Nossa equipe (Geraldo Ramos, Marcelo Lages, Dudu e Rodolfo José) sagrou-se tetracampeã da Copa da FEFUMERJ, categoria Master, derrotando nossos arquirrivais do Flamengo na final, disputada no último sábado, na AABB Tijuca (imagino que os meus colegas do É Penalti! tenham ido ver, pois, além de serem todos tijucanos, sempre ficam excitados quando discutem tal modalidade).

Que os nossos jogadores de futebol se espelhem nisso e corram para ganhar títulos. Tal como o volante Rodrigo Antônio, eu, este vascaíno cansado de sofrer, ainda acredito no título!
Bem como acredito também que a paz entre árabes e judeus no oriente médio sai esse ano.

Michel Goldmacher

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